Skin (2018)
Abril 21, 2020
Francisco Chaveiro Reis
É de problemas de pele de que se fala em Skin, filme de 2018 do israelita Guy Nattiv. A pele dos outros, que não é alva e a quem os neonazis do Indiana prometem “queimar o solo”. E a pele dele. Bryon Widner, Babs para os irmãos do Vinlander Social Club.
A pele dele está tatuada em todo o lado, cara incluída, com símbolos de ódio que fazem com que a vida normal se afaste dele. E só ultrapassando estes problemas de pele, é que Widner, pessoa real, se mudou para o lado dos bons. É esta jornada, do abandono de 16 anos de vida com os “feios, porcos e maus”, a que Jamie Bell, dá o corpo.
Babs, contou com a ajuda de uma mulher (faz dela, uma Danielle Macdonald, em grande forma), pela qual se apaixonou e o ajudou a ter uma vida “normal”. Por ela, casa e forma uma família. Por ela, que já experimentara e não gostara de uma relação com um neonazi. E contou com um ativista para os direitos raciais, através do qual conseguiu financiamento para remover as suas tatuagens e um acordo com as autoridades.
Funcionam como expiação dos pecados e como metáfora da limpeza que Bryon quis na sua vida. Vida essa que, entre os 14 e os 30 anos, foi feita num grupo neonazi de uma certa América rural, onde a pobreza é aliada dos recrutas (às tantas, um novo “irmão” confessa ter sido a fome a fazer com que se juntasse ao clube).