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O Voo do Colibri

«O Colibri não é apenas um pássaro qualquer, o seu coração bate 1200 vezes por minuto, bate as suas asas 80 vezes por segundo, se parassem as suas asas de bater, estaria morto em menos de 10 segundos. Não é um pássaro vulgar, é um milagre.»

Os Sete Pilares da Sabedoria (1922)

Agosto 31, 2020

Francisco Chaveiro Reis

Asas de Prata (2020)

Agosto 27, 2020

Francisco Chaveiro Reis

maxresdefault.jpgVerão não o é sem um novo livro de Camilla Lackberg, a princesa dos policiais nórdicos. Com a sua série principal em pausa – as aventuras do polícia Patrik e da mulher, a escritora Erica - sai “Asas de Prata”. Continuação de “Uma Gaiola de Ouro”, acompanha a história de Faye, uma mulher que se anulou a bem do casamento com um homem que haveria de ser bem-sucedido por sua causa, apenas para depois trair e desprezar Faye. Com a vingança contra o marido bem sucedida, Faye é agora uma empresária de gabarito que se prepara para “atacar” o mercado americano.

Terra Americana (2020)

Agosto 18, 2020

Francisco Chaveiro Reis

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Se Terra Americana fosse apenas a história de como Lydia e o seu filho Luca fogem de um cartel do narcotráfico, rumo aos EUA, deixando para trás dezasseis familiares mortos, já seria um livro interessante e, provavelmente, um best-seller, mas o livro de Jeanine Cummins. Mas é isso e muito mais.

No centro da ação está uma pacata família de Acapulco, uma cidade tradicionalmente turística, agora transformada em terreno de combate de carteis. Lydia, a mãe, tem uma livraria; Sebastián, o pai, é jornalista especializado em crime organizado e Luca, o filho, é uma criança como outra qualquer. Só quando um churrasco de família é interrompido por um massacre é que Lydia percebe que o último artigo do marido teve um impacto inesperado. Escondida na casa de banho com o filho, Lydia tem que esquecer a dor de perder marido, mãe e resto da família e põe-se em fuga. Afinal, atrás de si, tem o mais poderoso dos carteis, liderado por Javier, um homem que frequenta a sua livraria, charmoso e com quem mantem uma espécie de romance platónico, pelo menos até conhecer a sua verdadeira identidade.

Já seria uma história marcante, mas Terra Americana é verdadeiramente sobre todas as histórias que Lydia encontra pelo caminho. A bordo da Besta, um comboio de mercadorias onde se entra, em movimento com perigo de perder um braço, uma perna ou a vida, Lydia vai tentando seguir em frente. É na Besta e nas suas paragens que conhece duas irmãs a quem a beleza só traz o fardo da violação constante; um menino pouco mais velho do que o filho, que vivia sozinho no meio do lixo ou um adolescente que tenta fugir do mesmo cartel que procura Lydia. E há ainda a viagem a pé, na fronteira, até chegar aos EUA, onde há ainda mais histórias tristes.

Um livro duríssimo que mostra as lutas diárias daqueles que são obrigados a deixar as suas casas apenas para serem mal recebidos.

Livros para o verão - 2

Julho 13, 2020

Francisco Chaveiro Reis

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O Enigma do Quarto 622

Joel Dicker

"Numa noite de dezembro, um cadáver jaz no chão do quarto 622 do Palace de Verbier, um luxuoso hotel nos Alpes suíços. A morte misteriosa ocorre em plena festa anual de um prestigiado banco suíço, nas vésperas da nomeação do seu presidente. A investigação policial nada conclui e a passagem do tempo leva a que o caso seja praticamente esquecido.Quinze anos mais tarde, o escritor Joël Dicker hospeda-se nesse mesmo hotel para recuperar de um desgosto amoroso e para fazer o luto do seu estimado editor. Ao dar entrada no hotel para o que esperava ser uns dias de tranquilidade e inspiração, não imaginava que acabaria a investigar esse crime do passado. Não o fará sozinho: Scarlett, uma bela mulher hospedada no quarto ao lado do seu, acompanhá-lo-á na resolução do mistério, ao mesmo tempo que vai decifrando a receita para escrever um bom livro"

Livros para o verão - 1

Julho 12, 2020

Francisco Chaveiro Reis

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As sete mortes de Evelyn Hardcastle

Stuart Turton

"O que começa como uma celebração termina em tragédia. Os Hardcastle organizaram uma festa em Blackheath, a sua casa de campo, para anunciar o noivado da filha Evelyn. no final da noite, quando fogos de artifício explodem no céu, a jovem é morta. Mas Evelyn não vai morrer uma vez. Até que Aiden Bishop, um dos convidados, não resolva o seu assassinato, o dia vai repetir-se constantemente, sempre com o mesmo final triste. A única maneira de quebrar este ciclo é identificar o assassino. Sempre que o dia fatídico recomeça, Aiden acorda no corpo de um convidado diferente. E alguém está determinado a impedir Aiden de escapar de Blackheath."

A Biblioteca dos Livros Proibidos (2018)

Julho 03, 2020

Francisco Chaveiro Reis

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A Biblioteca dos Livros Proibidos (não confundir com A Oficina dos Livros Proibidos de Eduardo Roca que também merece leitura e para além do nome tem uma capa semelhante), apesar de estar nas bocas do mundo há alguns meses, só agora me chegou às mãos. E é fácil de entender o buzz. Há anos que a humanidade presta atenção a romances históricos, livros que revelam segredos e a policiais. O livro de Tom Pugh leva-nos até 1562 e à Moscovo onde Matthew Longstaff tem como missão roubar um livro da biblioteca pessoal de Ivan, o Terrível. Igualmente ladrão de livros é Gaetan Durant, com a missão de roubar o rei da Dinamarca. Ambos trabalham para os Otiosi, “grupo clandestino de livres-pensadores determinado a manter acesa a chama do livre-pensamento que começa a expandir-se por toda a Europa”. Sobre os Otiosi paira a sombra de Gregorio Spina e da Inquisição italiana, disposta a destruir o que considera ser a “Biblioteca do Diabo”.

Habibi (2011)

Julho 01, 2020

Francisco Chaveiro Reis

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Passagens do Corão, histórias tradicionais do Norte de África e do Médio Oriente e um piscar de olho a  “1001 Noites” envolvem a história de amor mutável de Dodola e Zam, dois órfãos, num país vagamente islâmico e num tempo que só com a leitura avançado percebermos (com algum espanto) ser o atual. Depois de Blankets, Craig Thompson criou uma graphic novel ainda melhor, mais profunda e mais emocional, onde mostra ser um mestre no contar de histórias e no desenho, pleno de pormenores a cada página, o que explica os cerca de seis anos que durou a sua criação.

Serotinina (2019)

Junho 29, 2020

Francisco Chaveiro Reis

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Quatro anos depois de Submissão, Michel Houellebecq regressa às livrarias com Serotonina, seu sétimo romance, onde um homem de meia idade, cínico e com pouco talento para a felicidade, está no centro da trama. Florent-Claude Labrouste, 46 anos, funcionário do Ministério da Agricultura está no centro de tudo. Pouco contente com o seu emprego e com a relação que tem com uma mulher mais nova, aproveita a descoberta de vídeos íntimos da namorada para deitar tudo ao ar. Passa então a andar por Paris, entre restaurantes, bares e lojas, tendo a sua depressão como companhia, contemplando a decadência da sociedade europeia.

Uma gaiola de ouro (2019)

Junho 26, 2020

Francisco Chaveiro Reis

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Não é de crer que Camilla Lackberg se tenha fartado do seu casal de heróis, Patrick e Erica, centrais na sua obra mas, desta vez a história que nos traz não é passada em Fjallbacka nem tem o simpático polícia e a determinada escritora como protagonistas. Desta vez, conhecemos outro casal, bastante mais rico, mas bastante menos harmonioso. “Uma gaiola de ouro”, apresenta Faye, nos seus trintas mas totalmente devotada ao marido e à filha, fazendo de tudo para que o marido se concentre apenas na empresa e nos negócios. E fazer tudo, inclui esquecer-se de cuidar de si e esquecer-se que teve um papel determinante no início da empresa. Quando se vÊ traída por uma mulher mais jovem e espoliada da fortuna que ajudou a construir, Faye arquiteta uma terrível vingança que traga ao ex-marido, a pobreza e a humilhação. Escrito com a mestria habitual, este é mais um êxito da rainha do policial nórdico.

Mergulhando em Agustina

Junho 24, 2020

Francisco Chaveiro Reis

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Atemorizado pela sua escrita densa e er, iniciei-me em Agustina, já depois da sua morte, com a edição recente de Party/A Casa, duas coleções de diálogos para filmes de Manoel de Oliveira. Pude constatar (não que fosse necessária a minha validação) que o epiteto de génio, frequentemente atribuído a Agustina, é mais do que justo. Este, lê-se de uma penada e é uma delícia completa. Já sei que os outros vão ser uma missão mais dura mas pelo que se diz, igualmente prazerosa. Vou então, subir de nível. 

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