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O Voo do Colibri

«O Colibri não é apenas um pássaro qualquer, o seu coração bate 1200 vezes por minuto, bate as suas asas 80 vezes por segundo, se parassem as suas asas de bater, estaria morto em menos de 10 segundos. Não é um pássaro vulgar, é um milagre.»

Soul (2020)

Dezembro 30, 2020

Francisco Chaveiro Reis

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Em Portugal, a estreia de Soul, foi arruinada pela escolha do elenco para a dobragem, mas, vendo a versão original, o novo filme da Pixar é mais um exercício triunfal de forma e conteúdo. Soul conta a história de Joe (voz Jamie Foxx), um professor de música de meia idade que não larga o sonho de ser músico profissional de jazz. Um dia, um ex aluno (Questlove) lembra-se dele e Joe vê-se a tocar piano para a grande cantora Dorothea (Angela Bassett), numa audição bem-sucedida. O problema é que depois…morre. A caminho do Céu, Joe acaba por ser recrutado como mentor de uma alma em formação – 22 (Tina Fey) – que precisa de um motivo para viver, antes de saltar para a Terra. Numa experiência que faz muito lembrar Divertidamente, Soul é mais um filme para adultos, mesmo piscando o olho aos mais novos.

Gambito de Dama

Dezembro 21, 2020

JFD

Anya Taylor-Joy dá vida a Beth Harmon, em Gambito de Dama, de uma forma real, humana, profunda e cheia de esquinas. Uma bela performance numa série bem realizada e com uma boa fotografia. Uma série que trata do preço de ser prodígio, um tema que apaixona imaginários românticos e religiosos, mas que ao mesmo tempo nos conduz pelos anos 50 e 60 dos EUA, pela guerra fria, pela perda, pela amizade e pelo amor de estranha correspondência.

The Mandalorian, 2 (2020)

Dezembro 21, 2020

Francisco Chaveiro Reis

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Não foi para perder dinheiro que a Disney tomou conta do franchise Star Wars. Se nos últimos três (de nove) filmes do ramo principal, a associação não foi particularmente elogiada (ser Disney passou a ser infantil e comercial, como se o espírito dos filmes nos anos 70 e 80 não fosse em parte esse e como se Ewoks e muitas outras criaturas não fossem mais Disney do que a própria Disney), quando a Disney começou a explorar as ramificações da cabeça de George Lucas, o caso mudou de figura. Com uma mão cheia de séries por vir, não será de mais dizer que, até ver, The Mandalorian foi a razão pela qual a Disney se juntou a Star Wars. E eu agradeço.

Os primeiros oito episódios foram um triunfo, apresentando Pedro Pascal como o Mandaloriano ele próprio, um duro caçador de recompensas que se vê com uma criança verde, a piscar os dois grandes olhos ao Mestre Yoda. Ao perceber que as intenções dos seus clientes não são as melhores em relação à criança à qual se apega, o herói solitário trata de a recuperar e andar com ela, universo fora, enquanto conhece uma coleção bem colorida de novos amigos inimigos. Na segunda temporada, a criança deve ser devolvida a quem saiba o que fazer com ela, ou seja, a um Jedi, que domine a Força, espécie em vias de extinção, e que potencie a jovem criatura (descobrimos o seu verdadeiro nome lá para o fim desta segunda toma de episódios). É assim que continuamos a rever figuras centralíssimas da trilogia original, ficando de queixo caído, capítulo após capítulo.

A criação de Jon Favreau (O Rei Leão, Elf ou O Chefe) é um grande acrescento ao universo Star Wars e conta com colaborações superiores, como Robert Rodriguez, Carl Weathers, Taika Waititi ou Bryce Dallas Howard atrás da câmara ou Werner Herzog, Nick Nolte ou Bill Burr à sua frente.

Gangs of London (2020-?)

Dezembro 15, 2020

Francisco Chaveiro Reis

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Gangs of London é uma das séries mais gloriosas do ano. Nela, em estreia na HBO, Sean (Joe Cole) tem como obsessão vingar a morte do pai, rei do submundo do crime londrino e sobretudo a missão ocupar o seu lugar como chefe da família Wallace, mesmo que nem toda família esteja convencida que é o homem certo. Os sapatos de Finn (Colm Meaney) são difíceis de preencher e não faltam fações a quem agradar e meter respeito, dos indianos aos curdos, passando pelos albaneses. Aproveitando a necessidade de Sean precisar de aliados, Elliot (Sope Dirisu), vê a sua oportunidade de subir na organização, mesmo que ele próprio tenha fantasmas e segredos. Gangs of London faz lembrar Succession, na luta constante pelo poder; alude à malandragem inteligente de Peaky Blinders; pisca um olho a Guy Ritchie e ainda dá uma volta pelo mundo sangrento de Tarantino. Mas, vale, e muito, por si.

Rebecca (2020)

Dezembro 07, 2020

Francisco Chaveiro Reis

 

REB.jpgAlgures nos anos 20, uma jovem, órfã e dama de companhia de uma bruxa rica, vê-se em Monte Carlo e não pode deixar de reparar num belo viúvo, americano como ela, que logo põe de parte o luto, para se apaixonar pela pobretana. E é assim que a nova Mrs. De Winter se vê na grande e antiga propriedade de Manderlay onde a presença da sua antecessora ainda se sente, e muito, até em Maxim (Armie Hammer), que afinal não pôs assim tanto o luto, de lado. Remake do filme de 1940, este Rebecca é um exercício interessante mas não se sabe bem o que acrescenta ao original.

Lamento de uma América em ruínas(2020)

Dezembro 02, 2020

Francisco Chaveiro Reis

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Carta de amor a uma certa américa rural, tida muitas vezes como parola e desviante, Lamento de uma América em Ruínas, conta a história de três gerações de uma família americana, começando pelo fim, por J.D. (Gabriel Basso), jovem estudante de direito em Yale, em busca de um estágio que lhe pague os estudos e as contas. É quando está num momento decisivo da semana em que pode ser escolhido por uma firma de topo, que se vê obrigado a regressar a casa. A mãe, Bev (Amy Adams), tem mais um problema, após os muitos que teve e causou a J.D. e a toda a família e a irmã Lindsay (Haley Bennett) já não consegue domar a mãe sozinha. É neste regresso que J.D. lembra as memórias de infância e adolescência e como a avó (Glenn Closa) o moldou para que fosse ele a receber o papel de equilibrador da família. Mas a mãe tem razões para ser o que é, tendo tido a sua quota parte de tristezas, que também vemos. E vamos ainda mais atrás, até a avó ter apenas 13 anos, engravidar e ter que fugir de casa.

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