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O Voo do Colibri

«O Colibri não é apenas um pássaro qualquer, o seu coração bate 1200 vezes por minuto, bate as suas asas 80 vezes por segundo, se parassem as suas asas de bater, estaria morto em menos de 10 segundos. Não é um pássaro vulgar, é um milagre.»

DE BENDE VAN JAN DE LICHTE (2018)

Abril 13, 2020

JFD

Uma produção belga de qualidade, com uma cuidada recriação de época e bons desempenhos. Um épico sobre o Robin Hood belga, Jan de Lichte, que liderou os marginalizados da floresta belga de Aalst, do séc. XVIII. Uma produção ao estilo europeu, com menos efeitos especiais e maior atenção à densidade psicológicas das personagens, aos planos emocionais e às tramas. 

Alias Grace (2017)

Abril 13, 2020

JFD

Baseado na obra de Margaret Atwood e adaptado por Sarah Polley, este Alias Grace é uma narrativa de época cativante e intrigante, demorada como uma boa refeição, onde importa mais a densidade da personagem e a fotografia do que a cadência da ação. Uma história sobre uma jovem irlandesa de pobres origens, emigrada para o Canadá do séc. XIX, onde, tal como muitas jovens, vai servir em casas abastadas. No entanto, violentos homicídios tornam a sua vida num pesadelo, acabando condenada e presa. Mas será, realmente, culpada? Go find

The English Game (2020)

Abril 13, 2020

Francisco Chaveiro Reis

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No Netflix, já mora The English Game, minisérie sobre os primeiros anos do futebol. Numa época em que o jogo era dominado pelas classes altas que o inventaram e moldaram, Fergus Suter, escocês é recrutado pelo dono de uma fábrica em Darwan, Inglaterra. Contra os costumes e leis da época, ele e o amigo Jimmy Love, tornam-se nos primeiros futebolistas profissionais, passando depois para o Blackburn. Ao mesmo tempo, percebemos como o jogo ocupa um papel central na vida da classe operária, que vê nele, como ainda hoje acontece, um escape e motivo orgulho. Estrelado por Kevin Guthrie.

Diz-me quem sou (2010)

Abril 12, 2020

Francisco Chaveiro Reis

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Jornalista freelancer com pouco trabalho e menos sucesso, Guillermo, espanhol na casa dos trinta, é convocado pela tia Marta para investigar e escrever a história de Amélia, antepassado da família sobre quem a mesma, pouco parece saber. É que Amélia abandonou Javier, avó de Guillermo, quando este era bebé. Mais motivado pelos honorários do que por outra coisa, o jornalista começa a perceber que a vida da bisavó foi bastante interessante e que a suposta menina de boas famílias, foi na verdade um poço de energia, dedicada a tarefas únicas, desde a militância comunista à espionagem. A investigação leva Guillermo a conhecer várias pessoas que conviveram com Amelia e pouco a pouco, vai reconstituindo uma vida com etapas em Madrid, Paris, Buenos Aires, México, Berlim, Varsóvia ou Nova Iorque. Amélia, bonita espanhola, sempre descrita como loira, magra, etérea e lindíssima, foi alguém com boa educação, talento para as línguas e que conviveu com a elite comunista, passando por Moscovo; privou com um dos maiores jornalistas do seu tempo; fez amizade com uma diva italiana da ópera; andou pelos tuneis de Varsóvia a apoiar a resistência ou teve um caso com um oficial alemão, ainda que este não abraçasse o nazismo. É assim que um suposto biscate, muda a vida de Guillermo. Apesar das mais de mil páginas, “Diz-me quem sou” é um prazer constante que acaba demasiado cedo, mesmo com alguma fantasia em excesso. Mais um triunfo de Julia Navarro.

 

Uncut Gems (2019)

Abril 12, 2020

Francisco Chaveiro Reis

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Depois de fazer fama e fortuna com comédias patetas, amadas pelo público e desprezadas pela critica, Adam Sandler tem feito um caminho diferente, conforme comprava a sua participação em The Meyerowitz Stories. Mas é com este Uncut Gems, que Sandler tem a prestação de uma vida, num filme “sério”, por muito que dê ares de comédia negríssima.

Adam é Howard Ratner, o dono de uma das lojas no Diamond Distrit, em Nova Iorque. Viciado no jogo, Ratner arranja esquemas de todo o tipo para pagar dívidas velhas e inventar novas. Sempre com cobradores no seu encalço (incluindo um membro da sua família), vai tentando manter-se como bom marido e pai, ao mesmo tempo que tem a empregada e amante, num apartamento pago por si (a amante, a bela Julia Fox, é uma das joias do enredo).

Enquanto empenha um anel ali para fazer uma aposta louca acolá, Ratner recebe a possibilidade de um negócio de uma vida. Descobre judeus negros na Etiópia que lhe vendem uma opala raríssima. Se tudo correr bem, vende-a por um milhão de dólares e estabiliza a sua vida. Mas desde cedo desconfiamos que correr bem não é algo que acontece à vida do comerciante.

Às tantas, depois de muita trapalhada e com o filme adiantado, Ratner leva uns tabefes de um cobrador e é atirado para dentro de uma fonte. Levanta-se, determinado, com sangue no lábio, a opala debaixo do braço e sem óculos e, ignorando os que o olham de lado, parte determinado. Na verdade, sabemos que acaba a chorar a sua sorte, no interior do seu escritório, mas até aí, parece que nada faz a força de Ratner desaparecer.

See (2019)

Abril 11, 2020

Francisco Chaveiro Reis

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See, aposta central da nova Apple TV Plus, faz a humanidade avançar mais de 200 anos no futuro. Depois de uma epidemia, o Homem existe em número muito menor do que hoje em dia, perdeu a visão e volta a viver em tribos. Na forma como lida com essa realidade, está o único motivo de interesse de uma série pós-apocalíptica que parece beber o ambiente árido e de perigo iminente de Apocalypto (Mel Gibson, 2006). No centro de tudo está Baba Voss Baba Voss (Jason Momoa no milésimo papel de guerreiro brutamontes de bom coração), chefe de uma tribo e pai adotivo de dois gémeos, exemplares raros dos novos humanos, com visão. Em busca dos filhos de Voss está uma rainha louca e malvada e o seu general. No exigente e concorrido panorama do entretenimento, See tem pouca expressão.

Bong Joon-ho

Abril 10, 2020

Francisco Chaveiro Reis

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Tenho acompanhado a carreira do realizador sul coreano Bong Joon-ho, por sorte. Vi, 2006, The Host, sucesso internacional que elevaria a sua carreira e o cinema coreano. Vi-o por pura sorte, escolhendo com ajuda do acaso, o título, em detrimento de outros. Nele, uma estranha criatura, que aparece no Rio Han, em Seul, para terror de todos os que com ela se cruzam. Este Godzilla do Rio, apenas o segundo filme de Bong, mudou a sua vida. Em 2013, o reecontro. Já em Hollywood e contando com estrelas de primeira – Chris Evans, Ed Harris, Jamie Bell, Tilda Swinton ou John Hurt – Bong apresenta Snowpiercer. Num mundo futurista pós-apocalíptico, os sobreviventes de um desastre ambiental vivem num gigantesco comboio, que dá voltas incessantes ao globo, enquanto lá dentro, se desenrola uma luta de classes. Dei com Bong, mais uma vez, em 2017, com Okja, uma produção Netflix na qual, vemos a crítica à indústria alimentar, enquanto que uma criança tenta salvar a vida à sua porca gigante, geneticamente modificada. Voltei a encontrar Bong no fim do ano passado, com o seu genial Parasitas. Falta-me ver, e verei em breve, Memórias de um Assassino (2003) e Mother (2009).

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