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O Voo do Colibri

«O Colibri não é apenas um pássaro qualquer, o seu coração bate 1200 vezes por minuto, bate as suas asas 80 vezes por segundo, se parassem as suas asas de bater, estaria morto em menos de 10 segundos. Não é um pássaro vulgar, é um milagre.»

O caso de Richard Jewell (2019)

Abril 23, 2020

Francisco Chaveiro Reis

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Em 1996, quando Atlanta recebia os Jogos Olímpicos, Richard Jewell destacava-se, primeiro como herói, depois, como vilão. Jewell, segurança, valorizou uma mochila abandonada que viria a explodir, minimizando os estragos. Ganhou logo dimensão mediática, rivalizado com as estrelas olímpicas de então. Mas o polícia falhado, com excesso de peso que vivia com a mãe, acabou por estar no centro de uma investigação do FBI que o quis ver como culpado de ter colocado a bomba que descobriria, para ser fabricar como herói. É a jornada para provar a sua inocência, que o olhar maduro e certeiro de Clint Eastwood traz aos cinemas com “O caso de Richard Jewell”.  Paul Walter Hauser é Richard, muito bem acompanhado por Sam Rockwell como seu advogado, Watson Bryant e Kathy Bates como Bobi Jewell. Jon Hamm faz de agente do FBI, responsável pelo caso e Olivia Wilde, de primeira jornalista responsável por apontar Jewell como vilão. Eastwood assina, a meu ver, o seu melhor filme desde Invictus, passando este, à frente de Correio de Droga, Milagre no Rio Hudson ou Jersey Boys, continuando na sua série de heróis americanos menos óbvios.

As Crónicas de Frankenstein (2015)

Abril 23, 2020

JFD

Em Londres no ano de 1827, um detetive segue o rasto de um assassino com gosto pelo desmembramento, até descobrir uma realidade muito mais perturbadora da qual nunca imaginou fazer parte. Uma produção de grande qualidade, com uma trama bem montada, que nos leva a um imaginário formador do mito de Frankenstein. Uma pena não ter tido continuidade.

Dia Mundial do Livro: uma seleção pessoal

Abril 23, 2020

Francisco Chaveiro Reis

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(imagem de Habibi)

Não ficção

Literatura Internacional

Literatura lusófona

Banda Desenhada

Graphic Novels

Poesia

 

Pai, Quero que Saibas (2009)

Abril 23, 2020

Francisco Chaveiro Reis

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É o teu rosto que encontro. Contra nós, cresce a manhã, o dia, cresce uma luz fina. Olho-te nos olhos. Sim, quero que saibas, não te posso esconder, ainda há uma luz fina sobre tudo isto. Tudo se resume a esta luz fina a recordar-me todo o silêncio desse silêncio que calaste. Pai. Quero que saibas, cresce uma luz fina sobre mim que sou sombra, luz fina a recortar-me de mim, ténue, sombra apenas. Não te posso esconder, depois de ti, ainda há tudo isto, toda esta sombra e o silêncio e a luz fina que agora és.


José Luís Peixoto, in 'Morreste-me'

Drácula (2020)

Abril 22, 2020

Francisco Chaveiro Reis

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Escrito há mais de 100 anos (1897) por Bram Stocker, Drácula conta a história do mais conhecido e famoso vampiro da história do entretenimento. A sua representação na cultura pop tem sido extensa e pode dizer-se, sem medos, que todos os filmes de vampiros (Entrevista com um vampiro), Séries (Diários do vampiro), livros (série Crepusculo), jogos de vídeo (Castlevania) e mesmo telenovelas brasileiras (Vamp) descendem de si. A sua representação cinematográfica mais icónica será a de Francis Ford Coppola, em 1992.

Drácula será inspirado na história de Vlad Tepes, O Empalador, também conhecido como Dracul, um nobre romeno, conhecido (ou mitificado) pelos seus atos sanguinários. No livro de Stocker, é o vampiro mais temível, que deixa a sua Roménia natal para assolar a Inglaterra vitoriana. Com tanta obra feita à volta da figura, é de espantar que a Netflix se tenha lembrando dela para lhe dar três episódios de cerca de 90 minutos, cada. Em boa hora o fez.

Conhecemos o Conde Drácula, versão 2020, pelo relato do infeliz Jonathan Harker (John Heffernan), advogado que ao invés de dicar uma noite no castelo do “monstro”, acaba por ficar um mês, permitindo que o vampiro rejuvenesça e que ele próprio fique desprovido de vitalidade. O seu relato de horror é acompanhado por uma freira misteriosa, sem grande queda para a fé (“como muitas mulheres da minha idade, estou presa, num casamento sem amor”), que vimos a descobrir chamar-se Agatha Van Helsing (Dolly Wells), nome mítico do universo Drácula. É através de Harker que descobrimos o castelo labiríntico de Drácula, a sua sede de sangue humana matada pelo próprio Harker e até por um bebé e as “noivas” que Drácula guarda em pequenas caixas-prisão. Mas o conde, quer mudar-se para Inglaterra, onde as pessoas são mais instruídas o que, acredita, melhora o sabor do seu sangue.

É no segundo de três episódios, que o novo Drácula (Claes Bang, dinamarquês d´O Quadrado ou de Bron), se revela na posse perfeita do seu charme, que esconde uma perfídia plena de classe. Num pequeno barco, a caminho de Inglaterra, com companheiros de viagem cuidadosamente escolhidos por si, Drácula vai-se divertindo e, claro, alimentando. E é no segundo episódio que se revela uma das maiores surpresas da nova produção da BBC, que se estende até ao terceiro e ultimo capitulo. A ver.

Rebellion (2016)

Abril 21, 2020

JFD

Quem conhece e gosta da Irlanda, que simpatiza com lutas pela liberdade ou se interessa pela emergência do IRA, deve ver esta série. Situada em 1916, aquando da Revolta da Páscoa em Dublin, a qual dá início a um longo e sangrento conflito entre as forças militares britânicas e os revolucionários irlandeses. Rebellion é uma produção bem conseguida, com bons desempenhos e uma coerente reconstituição da época. Merece a pena.

The last dance (2020)

Abril 21, 2020

Francisco Chaveiro Reis

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Em 1997, Phil Jackson, mítico treinador de basquetebol foi informado que deixaria os Chicago Bulls no fim da época, após ter levado o franchising a cinco campeonatos em sete épocas. Querendo despedir-se em grande, deu à sua última época em Chicago, o tema de The Last Dance. E esse é o nome da minissérie que agora se estreou na Netflix. Nela, vemos a construção da maior equipa de sempre da NBA, que até 1991 nunca tinha vencido nada. Se Phil teve um papel determinante, o foco merecido estava em Michael “Air” Jordan, o maior de sempre, que esteve nos Bulls de 1984 até 1998. É verdade que vemos os bastidores dessa época, como nunca, já que pela primeira vez uma equipa de filmagem teve autorização para acompanhar o dia a dia de uma equipa de topo, mas o melhor do documentário são as imagens do início da carreira de Jordan e do seu fiel escudeiro, Pippen. Imperdível.

Skin (2018)

Abril 21, 2020

Francisco Chaveiro Reis

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É de problemas de pele de que se fala em Skin, filme de 2018 do israelita Guy Nattiv. A pele dos outros, que não é alva e a quem os neonazis do Indiana prometem “queimar o solo”. E a pele dele. Bryon Widner, Babs para os irmãos do Vinlander Social Club.

A pele dele está tatuada em todo o lado, cara incluída, com símbolos de ódio que fazem com que a vida normal se afaste dele. E só ultrapassando estes problemas de pele, é que Widner, pessoa real, se mudou para o lado dos bons. É esta jornada, do abandono de 16 anos de vida com os “feios, porcos e maus”, a que Jamie Bell, dá o corpo.

Babs, contou com a ajuda de uma mulher (faz dela, uma Danielle Macdonald, em grande forma), pela qual se apaixonou e o ajudou a ter uma vida “normal”. Por ela, casa e forma uma família. Por ela, que já experimentara e não gostara de uma relação com um neonazi. E contou com um ativista para os direitos raciais, através do qual conseguiu financiamento para remover as suas tatuagens e um acordo com as autoridades.

Funcionam como expiação dos pecados e como metáfora da limpeza que Bryon quis na sua vida. Vida essa que, entre os 14 e os 30 anos, foi feita num grupo neonazi de uma certa América rural, onde a pobreza é aliada dos recrutas (às tantas, um novo “irmão” confessa ter sido a fome a fazer com que se juntasse ao clube).

Frontier (2016)

Abril 20, 2020

JFD

Uma série muito bem realizada, com bons desempenhos, excelente fotografia e uma boa narrativa. O comércio de peles numa América em formação e em luta de territórios e sobrevivência dos nativos. Corrupção, amor e crime. Ingredientes eternos. Jason Momoa no seu melhor. 

La Catedral Del Mar (2018)

Abril 20, 2020

JFD

Esta produção espanhola leva-nos à Barcelona de 1300. Arrasta-nos pelas agruras da peste negra, do machismo, da exploração do povo pela nobreza, mas também nos coloca diante da força da fé, não a fé falsa da Inquisição, mas aquela dos Homens simples diante da Virgen del Mar. Uma produção incrível, bom um belo elenco (em todos os sentidos), e a capacidade de nos recordar a importância do caráter, da dignidade e do amor, o romântico e o da mudança social. Que bem se trabalha em Espanha.

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