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O Voo do Colibri

«O Colibri não é apenas um pássaro qualquer, o seu coração bate 1200 vezes por minuto, bate as suas asas 80 vezes por segundo, se parassem as suas asas de bater, estaria morto em menos de 10 segundos. Não é um pássaro vulgar, é um milagre.»

BoJack & Archer

Dezembro 07, 2015

Francisco Chaveiro Reis

Mesmo após anos de sucesso e qualidade de Simpsons, South Park, Family Guy ou Futurama, o género desenho animado ainda é visto como menor e para crianças. Não é. Em termos técnicos, é uma arte. Em termos, de conteúdo, depende, como qualquer série ou filme da história, forma como é escrito e dos intérpretes. Dois fantásticos exemplos de uma nova e refrescante vaga de desenhos animados politicamente incorretos são Archer e BoJack Horseman, que podem ser seguidos no Netflix.

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 Acher (H. Jon Benjamim) é um espião, bonitão e cheio de pinta que vive para seduzir mulheres (ou pagar-lhes para dormirem com ele, em muitos casos), não deve muito à inteligência, gosta mais de beber do que de trabalhar e tem um sentido de humor muito próprio. E ofensivo. Trabalha para uma agência (ISIS…) que a mãe, Malory (Jessica Walker), seu equivalente feminino controla com mão de ferro. Enquanto resolve, a custo, várias missões, convive com Lana Kane (Aisha Tyler), “boazona” e “super-espia” de serviço que o deixou recentemente pelo colega e atado profissional Cyril (Chris Parnell). Pela agência andam ainda Pam (Amber Nash), uma diretora de RH carente e linguaruda; Cheryl (Judy Greer), uma ninfomaníaca em potência e ainda o cientista louco Krieger (Lucky Yates). São episódios de cerca de 20 minutos de pura loucura, piadas do mais nonsense que existe e muita, muita gargalhada.

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Ainda mais nonsense é BoJack Horseman. Para já, tudo é igual ao nosso mundo, exceto o facto de pessoas conviverem naturalmente com animais falantes. BoJack (Will Arnett) é, na verdade, um homem com cabeça de cavalo que foi estrela de televisão há 18 anos. Vive agora na sua grande mansão, passando os dias a ver os episódios antigos de Horsin´ Around (a sitcom que estrelava), a beber e a consumir drogas. Para aliviar a solidão, vive com Todd (Aaron Paul de Breaking Bad), um jovem desempregado que nada faz por mudar a sua situação e mantém um relacionamento com a sua agente, Princess Carolyn (Amy Sedaris). Para tentar regressar à ribalta, resolve escrever um livro, contando com a ajuda da “escritora-fantasma” Diane (Alison Brie), por quem se começa a apaixonar.

 

 

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