Adrian Albert Mole nasceu a 2 de abril de 1967 e é um dos meus melhores amigos. Como outros, só existe nos livros e, como outros, é também amigo ou apenas conhecido de milhões de outras pessoas. Eu nasci no dia em que ele fez 17 anos e quando eu próprio já tinha essa idade, lera já todos os livros publicados até então sobre as suas desventuras. Depois dessa idade, li os outros.
Saído da cabeça de Sue Towsend, Mole é-nos apresentado como um adolescente que frequenta a escola e tenta ser popular junto dos colegas e, especialmente junto de Pandora, a rapariga mais bonita da escola. Como em tudo o que se mete, Adrian falha. Aliás, seus falhanços – em ter uma namorada na adolescência; em ser um poeta publicado; em ter estabilidade financeira ou em ser um adulto respeitado pelo menos pelos filhos – são uma constante ao longo de toda a série. Mole é um falhado. E, se isso nos dá pena e nos dá o que pensar, mais depressa nos faz rir devido ao seu feitio que não admite os seus erros e limitações. Mole é um falhado e merece sê-lo.
Mas os livros de Towsend são mais do que Mole. Ao longo dos diários de Adrian, são-nos relatadas as mudanças na sociedade britânica, de forma provocadora e cáustica (basta ver que, depois da invasão do Iraque, temos Adrian Mole E As Armas De Destruição Em Massa).
Uma série de livros que fazem qualquer um rir à gargalhada.
Livros da coleção:
O diário secreto de um adolescente (1982)
Adrian Mole na Crise da Adolescência (1985)
As Confissões Secretas de Adrian Mole (1989)
Os Anos Amargos de Adrian Mole (1993)
Adrian Mole na Idade do Cappuccino (1999)
Adrian Mole E As Armas De Destruição Em Massa (2004)
Os Diários Perdidos De Adrian Mole, 1999-2001 (2008)