"Os Seguidores" poderia ser uma série de culto, um marco na televisão atual, mas não é. E não o é porque há um vazio plástico próprio norte-americano, uma cultura da morte quase banal, com rasgos de grande interpretação. O enfoque no herói que se destaca a meio de uma polícia fraca - o que permite valorizar o mal pelo medianismo e não pela excelência - é demasiado redendor, apesar do inesperado final. Com enorme valorização na IMDB, a The Following falta um toque de classe e de cultura europeia que fizesse destacar os enormes recursos americanos. O pano de fundo, a obra de Edgar Allan Poe, que surge massivamente no início da série vai sendo sucessivamente esquecido para dar ênfase a uma cultura da morte, perdendo aí todo o requinte literário conquistado com o começo da série. Ainda assim de boa qualidade.