Concluída a leitura de O Homem de Constantinopla, lancei-me na segunda parte da obra de José Rodrigues dos Santos sobre Calouste Gulbenkian, Um Milionário em Lisboa. Se, o primeiro volume se centrava, sobretudo, em Calouste, aqui Kaloust Sarkasian, para marcar o personagem como sendo de ficção, apesar de imensos factos reais, o segundo volume começa por centrar-se em Krikor, filho de Kaloust. Krikor, a viver em Bona, conhece uma rapariga arménia, por quem se apaixona e o seu estatuto, filho de pais ricos e neto de arménios de renome, atrai os pais. A rapariga também se apaixona por ele e, quando, o pai deixa a Alemanha rumo à Turquia, Krikor vai atrás da amada. Esta é a desculpa do autor para relatar, em cerca de 200 páginas, os horrores praticados sobre o povo arménio, quase exterminado às mãos turcas (em 1915, terão sido assassinados milhão e meio de arménios). Estas páginas, impressionam pelas descrições do horror e pelo espírito aventureiro de Krikor, fazendo lembrar, a espaços o gigante Ken Follett. De seguida, entraremos na fase em que Kaloust, confortavelmente rico, se dedica mais à compra de obras de arte e vem para Lisboa, onde causa grande impacto.